“A tecnologia não é a causadora da ansiedade; o problema está em conseguir se comunicar fora da rede”, diz a terapeuta Wanessa Moreira.
Dados alarmantes sobre a ansiedade no Brasil
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 18 milhões de brasileiros sofrem com o transtorno de ansiedade, o que representa aproximadamente 9% da população. Esses dados reforçam a urgência de buscar tratamento ideal para lidar com a doença.
Wanessa Moreira, especialista em mentes transtornadas, explica que a ansiedade é resultado do aumento exponencial de inúmeras tarefas no tempo atual — o acúmulo de funções acaba gerando estresse intenso. O ser humano está cercado de decisões constantes, o que pode contribuir para o crescimento da ansiedade.
Entendendo a ansiedade
“A ansiedade não é um sentimento, é uma aflição, um alarme de urgência, uma liberação intensa de descarga elétrica na mente e no corpo, levando a pessoa a acreditar que corre perigo real.”
Esse alarme de urgência gera uma necessidade imediata de ação, criando uma sobrecarga que distorce a realidade e prejudica relações pessoais, familiares e até mesmo a qualidade de vida.
Impactos da ansiedade a curto, médio e longo prazo
A preocupação excessiva, pensamentos acelerados e repetitivos, o medo desmedido e atitudes compulsivas afetam relações pessoais e profissionais e comprometem a qualidade de vida.
Bloco Terapia: transformando ansiedade em habilidades de decisão
Wanessa Moreira desenvolveu a Bloco Terapia, um projeto que visa transformar a ansiedade em habilidades de tomada de decisão. Essa abordagem visual e palpável usa formas geométricas para ajudar as pessoas a:
- Organizar pensamentos,
- Criar claridade para decisões imediatas,
- Desenvolver um mapa mental que funciona como bússola para os próximos passos.
A ansiedade na infância e adolescência
A ansiedade entre crianças e jovens aumentou nos últimos anos, e em 2023 superou a taxa entre adultos. Internações por estresse e ansiedade entre jovens de 13 a 29 anos cresceram 136% entre 2013 e 2023.
A tecnologia e o isolamento — o uso excessivo de celulares, redes sociais e jogos online pode agravar casos de ansiedade, pois a geração digital tende a se comunicar em uma “infolinguagem” linear, em contraste com a geração dos adultos, que aprende por dedução e tentativa e erro.
Ansiedade e a relação com a tecnologia
“A tecnologia não é a causadora da ansiedade, mas a dificuldade de comunicação fora da rede é um fator. A tecnologia se torna problemática quando a mente entra em um ‘loop’, buscando incessantemente respostas que só agravam a sensação de sobrecarga.”
Diferentes tipos de ansiedade
A ansiedade pode se manifestar de várias formas, como:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
- Transtorno de Pânico (TP)
- Transtorno de Ansiedade Fóbico (fobia social)
- Agorafobia
- Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
- Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
- Transtorno de Ansiedade de Separação
Ansiedade é coisa séria e deve ser tratada com responsabilidade. Procure um médico.
Ansiedade é um alerta mental
“A ansiedade não é um sentimento; é uma sobrecarga do sistema mental, um curto-circuito que, sem solução, pode levar a atitudes extremas e danos irreversíveis.”
Sobre Wanessa Moreira
Wanessa Moreira é terapeuta e especialista em mentes transtornadas. Com mais de 20 anos de experiência, desenvolveu a Bloco Terapia. É também autora do livro “Recalculando a Rota”, lançado em 2022.