Hormônios e Emagrecimento: Entenda a Relação e Como Manter o Equilíbrio

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O Papel dos Hormônios no Processo de Perda de Peso

Perder peso é um desafio comum para muitas pessoas, mesmo quando combinam alimentação balanceada e exercícios físicos. Isso porque o emagrecimento está relacionado a diversos fatores, entre eles o metabolismo, que é fortemente influenciado por hormônios. Produzidas por glândulas do sistema endócrino, essas substâncias químicas desempenham papéis importantes no acúmulo e na queima de gordura corporal.

Victor França de Almeida, endocrinologista e coordenador do curso de Medicina da Universidade Salvador (UNIFACS), explica que a regulação do peso exige a ação integrada de vários hormônios. “A leptina, secretada pelas células adiposas, informa ao cérebro sobre as reservas de energia e reduz o apetite quando estão suficientes. Já a grelina, conhecida como o ‘hormônio da fome’, é produzida pelo estômago e estimula o apetite antes das refeições”, detalha o especialista.

Outros hormônios também desempenham papéis fundamentais. Os hormônios intestinais promovem saciedade, enquanto os da tireoide regulam o metabolismo basal, responsável pelo gasto energético em repouso. Já a insulina, produzida pelo pâncreas, controla os níveis de glicose no sangue.

Os Hormônios São os Vilões do Peso?

Apesar do impacto hormonal no metabolismo e no apetite, o endocrinologista ressalta que desequilíbrios hormonais raramente são os principais responsáveis pelo ganho de peso. “Embora condições como hipotireoidismo, síndrome de Cushing e resistência à insulina possam contribuir para o aumento de peso, essas situações são incomuns. Na maioria dos casos, o acúmulo de gordura está mais associado a fatores genéticos e comportamentais”, afirma Almeida.

Segundo ele, o controle do peso é majoritariamente uma questão de estilo de vida saudável. “Uma dieta equilibrada, rica em legumes, frutas e proteínas magras, contribui para a saciedade e evita picos de glicose e insulina. O consumo de gorduras saudáveis, como ômega-3 e azeite de oliva, também é importante para equilibrar os hormônios e combater processos inflamatórios.”

Almeida ainda alerta sobre os perigos do consumo excessivo de açúcar e carboidratos refinados. Esses alimentos podem causar resistência à insulina e comprometer o metabolismo, dificultando ainda mais a perda de peso.


Sinais de Desequilíbrio Hormonal

Mudanças nos níveis hormonais podem causar sintomas que indicam a necessidade de avaliação médica, especialmente quando relacionados ao peso. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Ganho de peso inexplicável, especialmente na região abdominal;
  • Estrias arroxeadas em áreas como coxas, braços e abdômen;
  • Fadiga crônica e sensação constante de cansaço;
  • Alterações no humor e na energia;
  • Queda de cabelo e pele ressecada;
  • Irregularidades menstruais em mulheres.

“O acompanhamento médico é essencial para identificar possíveis desequilíbrios hormonais. Em casos diagnosticados, tratamentos como terapias hormonais e medicamentos, incluindo moduladores de GLP-1/GIP, podem ajudar no controle do apetite e no tratamento da obesidade”, destaca Almeida.


Diagnóstico e Tratamento: O Que Esperar

O diagnóstico de distúrbios hormonais requer uma abordagem detalhada. Inicialmente, o médico coleta informações sobre o histórico médico do paciente, considerando:

  • Início e padrão de ganho de peso;
  • Sintomas relacionados;
  • Histórico familiar de doenças endócrinas.

Após essa avaliação inicial, são solicitados exames laboratoriais específicos, como hemoglobina glicada (HbA1c) e cortisol sérico, para confirmar ou descartar suspeitas. A escolha dos testes complementares é feita com base nos achados clínicos durante as consultas.

Segundo Almeida, o tratamento é personalizado e depende das necessidades individuais. “O sucesso no manejo do peso está ligado à orientação profissional e à consistência nas mudanças de estilo de vida. É importante ressaltar que a automedicação pode trazer graves riscos, incluindo efeitos colaterais metabólicos e a supressão das glândulas naturais.”


Uma Vida Saudável Começa com Educação e Prevenção

Além de buscar ajuda médica quando necessário, investir na prevenção é essencial. Manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, é o caminho mais eficaz para evitar desequilíbrios hormonais e controlar o peso.


Sobre a UNIFACS e Sua Contribuição à Saúde

A Universidade Salvador (UNIFACS), com mais de 53 anos de história, é referência no ensino superior na Bahia e no Nordeste. Com cursos nas mais diversas áreas, incluindo Medicina, a instituição alia excelência acadêmica a iniciativas sociais e inovações educacionais.

Os alunos de Medicina da UNIFACS contam com o suporte da Inspirali, uma das principais organizações de educação continuada na área médica do Brasil. A universidade também investe na democratização do ensino superior, oferecendo cursos digitais e presenciais em diversos polos no estado.

Para mais informações sobre os cursos e iniciativas da UNIFACS, acesse www.unifacs.br.

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